Muita gente, por incrível que pareça, ainda não sabe — ou sequer procurou saber — a diferença entre um hacker e um cracker: o que cada um faz e, de forma mais simples, quem é o “mocinho” e quem é o “vilão” dessa história.
Algum tempo atrás escrevi sobre isso em um blog antigo que, por motivos que nem lembro, acabei abandonando. Agora, resolvi complementar aquela postagem e trazê-la aqui para o 1nerd, já que é um assunto interessante e que vale a pena ser conferido.
Sem mais enrolação, vamos direto ao ponto:
Quem são os Hackers?
Hackers são indivíduos que elaboram e modificam softwares e hardwares de computadores, seja desenvolvendo novas funcionalidades, seja adaptando as antigas.
O termo “hacker”, originário do inglês, foi incorporado ao português, mas nem sempre é usado corretamente. De forma geral, hackers utilizam seu conhecimento para melhorar sistemas, muitas vezes de forma legal e ética.
A maioria dos hackers pertence à classe média ou alta e tem entre 12 e 28 anos. Muitos deles são usuários avançados de Software Livre, como o GNU/Linux.
Vale destacar: a verdadeira expressão para quem invade sistemas maliciosamente é cracker. Crackers são programadores mal-intencionados que violam sistemas de forma ilegal ou imoral.
Existe uma ética hacker muito forte, focada na liberdade, na colaboração e no aperfeiçoamento contínuo da tecnologia. No entanto, a imprensa muitas vezes confunde os termos, chamando de hackers aqueles que, na verdade, são crackers ou “script kiddies” — pessoas com pouco conhecimento que utilizam ferramentas prontas para invadir sistemas.
Se não fossem os hackers, a Internet como conhecemos hoje, o sistema Unix, a Usenet e a própria World Wide Web talvez nem existissem. Além do mundo da tecnologia, o termo “hacker” também é usado para descrever especialistas em outras áreas que praticam o “hacking”, ou seja, soluções criativas para problemas complexos.
Quem são os Crackers?
Cracker é o termo usado para definir quem pratica a quebra (ou cracking) de sistemas de segurança de forma ilegal ou antiética.
O termo foi criado em 1985 por hackers legítimos, como uma forma de se protegerem da associação injusta que a mídia fazia entre “hacker” e “cibercriminoso”.
Conheça alguns tipos de crackers:
- Crackers de Software: São programadores que fazem engenharia reversa em programas, alterando-os para remover proteções, como limites de tempo de uso (versões trial), e transformando-os em cópias ilegais. Esses programas modificados são conhecidos como warez.
- Crackers de Criptografia: Especialistas que quebram códigos de criptografia, seja usando técnicas tradicionais (como lápis e papel) ou ferramentas computacionais. Tudo depende da complexidade do problema.
- Desenvolvedores de Malwares: Programadores que criam vírus, worms, trojans e outros tipos de software malicioso que causam danos aos usuários e sistemas.
Importante:
Distribuidores de warez, webmasters que disponibilizam programas piratas ou usuários que copiam softwares sem licença não são considerados crackers no sentido técnico.
O verdadeiro cracker é um especialista em engenharia reversa, capaz de entender e modificar sistemas a partir de seus componentes mais básicos — muitas vezes usando os próprios hacks para criar novos.
Conclusão
Hackers são os “mocinhos”, responsáveis por avanços tecnológicos e melhorias na segurança da informação.
Crackers, por outro lado, são os “vilões”, que causam prejuízos e problemas ao explorar sistemas de maneira maliciosa.
Espero que agora tenha ficado clara a diferença entre eles — e que, de alguma forma, o post tenha sido útil para você.
Até a próxima!