O filme nos joga de cabeça em um futuro onde dinossauros e humanidade coexistem, e nos apresenta Zora Bennett (Scarlett Johansson), uma ex-militar transformada em mercenária. Ela lidera uma missão secreta para coletar amostras de DNA dos gigantes, com o objetivo de desenvolver tratamentos médicos inovadores. A história se passa cinco anos após os eventos de Jurassic World: Dominion, em um mundo onde as pessoas estão mais acostumadas a lidar com as criaturas, mas os perigos ainda são constantes.
Apesar da premissa interessante, quem, como eu, cresceu com os três primeiros filmes de Jurassic Park, sente uma estranheza imediata. A essência da franquia — dinossauros verossímeis e momentos de puro suspense — parece ter sido deixada de lado. O filme aposta em híbridos e monstros exagerados, em vez dos dinossauros clássicos que tornaram a série tão memorável.
O que funciona
O longa acerta ao entregar momentos visuais impressionantes, principalmente nas sequências de contemplação com os titanossauros, gigantes de pescoço longo que caminham majestosos em seu habitat. São cenas que lembram a magia do primeiro Jurassic Park, despertando aquela sensação de maravilhamento que a franquia sempre prometeu.

Scarlett Johansson entrega uma Zora forte e determinada, e Jonathan Bailey também se sai bem, dando ritmo e tensão às missões. A trilha sonora, por sua vez, acompanha as cenas épicas, reforçando a grandiosidade dos dinossauros e a escala do universo do filme.
Onde o filme perde força
O problema maior está na transformação dos dinossauros em monstros de laboratório. Muitos antagonistas são híbridos ou criações artificiais, e isso tira o charme de ver dinossauros reais em ação.

O roteiro previsível também pesa: experimentos dão errado, monstros fogem, corporações gananciosas aparecem… é tudo muito familiar e pouco arriscado. Além disso, os personagens humanos têm pouco espaço para gerar empatia, o que diminui a tensão e o impacto de algumas cenas.
Minha opinião
Confesso: cada vez que assisto, não consigo deixar de comparar com os três primeiros filmes. Cresci vendo dinossauros de verdade, e Jurassic World: Recomeço me dá a sensação de que “não é mais Jurassic Park”. Ainda assim, há momentos que resgatam a nostalgia, como a cena dos titanossauros. Mas a falta de foco nos dinossauros clássicos e a escolha por monstros exagerados tornam a experiência diferente do que a franquia representava para mim na infância.
Vale a pena assistir?
Se você busca ação e visuais grandiosos, sim, o filme diverte. Mas se o objetivo é reviver a tensão, o suspense e o fascínio de ver dinossauros reais na tela, é possível se sentir desapontado. Recomeço funciona mais como entretenimento moderno do que como continuação do espírito dos clássicos.
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